sábado, 19 de fevereiro de 2011

#2 - superficialidade

" Por vezes olho em volta e observo o mundo. Contemplo casais de namorados e quase prevejo os seus destinos: uns caminham de mãos dadas, porém consigo ver na cara do rapaz que só lhe dá a mão por obrigação, porque não quer que ela pense que ele não quer estar com ela. Observo os rapazes a jogar à bola e reparo na rapariga que se senta sempre nas bancadas e  acompanha cada movimento do seu apaixonado no campo. No fim ele cumprimenta os colegas, mete a mala às costas e avança na direcção oposta à dela, na companhia dos amigos...
   Para onde foi o amor, o intenso, o profundo?
   Porque são as pessoas tão levianas que têem medo de mostrar ou dizer o que sentem? As pessoas já não lutam pelo que querem, porque se uma rapariga ama um rapaz, e se ela for o suficiente para ele, ela serve, e então ele não lhe vai dar luta ou sequer preocupar-se, ele vai simplesmente aceitá-la só como desculpa para não estar solteiro. E se um rapaz ama uma rapariga, e se ele for o que muitas outras querem para si mesmas, ela vai tomar o controlo do seu coração só para poder dizer que tem o que as outras não podem ter.
   "Sim, eu amo-te, e eu disse que seria para sempre, mas lamento, eu sou jovem e quero aproveitar a vida ao máximo, não posso perder tempo" - mas como pode alguém aproveitar ao máximo uma vida sem amor, pois se amar é a nossa única missão na vida?

- Como podemos nós viver num mundo de alma tão vazia? -

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